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| Foto: Instagram/Santuário Mãe Rainha Jacarezinho |
Entre araucárias, vales e cidades acolhedoras, o Paraná abriga uma das mais belas expressões do turismo religioso católico: os santuários do Movimento Apostólico de Schoenstatt.
Espalhados pelo estado, esses pequenos templos – réplicas fiéis do santuário original de Schoenstatt, na Alemanha – são destinos de peregrinação, recolhimento e contemplação. Cada um deles guarda um fragmento da história de fé que transformou o movimento em um fenômeno mundial.
Origem: a Aliança de Amor que atravessou fronteiras
O Movimento Apostólico de Schoenstatt nasceu em 1914, na localidade alemã de Vallendar, quando o padre José Kentenich convidou um grupo de jovens seminaristas a selar uma Aliança de Amor com a Virgem Maria. Essa consagração – feita diante de uma pequena capela – deu origem a uma espiritualidade baseada na confiança filial em Maria e no ideal de santificar a vida cotidiana.
O nome Schoenstatt, que significa “belo lugar” em alemão, traduz o espírito do movimento: transformar o mundo exterior e interior em morada de Deus. No Brasil, Schoenstatt chegou nas primeiras décadas do século XX, trazido pelas Irmãs de Maria, e rapidamente se enraizou, especialmente no Sul do país. Hoje, o Brasil possui mais de 20 santuários filiais – e o Paraná é um dos estados com maior concentração deles.
Curitiba – Tabor Magnificat: o lar de Maria no coração da capital
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| Foto: Divulgação - Movimento Apostólico de Schoenstatt |
Localizado no bairro Campo Comprido, o Santuário Tabor Magnificat é um dos mais conhecidos do estado. Cercado por jardins e bosques, o local é um refúgio de silêncio e oração no ritmo acelerado da capital paranaense.
A pequena capela branca, de arquitetura simples e encantadora, segue fielmente o modelo do santuário original de Vallendar. No interior, a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt irradia serenidade. O altar é adornado com flores naturais e o símbolo do Espírito Santo – elementos constantes em todos os santuários do movimento.
Curiosidade: o nome “Tabor Magnificat” remete ao Monte Tabor, local da Transfiguração de Cristo, e ao cântico de Maria no Evangelho de Lucas. Juntos, representam a missão de Schoenstatt: transformar a vida em um “Magnificat” de gratidão.
Londrina – Tabor Esmagadora da Serpente: força e esperança no norte do Paraná
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| Foto: Arquidiocese de Londrina (PR) |
Em Londrina, o Santuário Tabor Esmagadora da Serpente é um dos mais ativos do movimento. Seu nome evoca a passagem bíblica em que Maria vence o mal, “esmagando a cabeça da serpente”, símbolo da vitória do bem e da graça sobre o pecado.
O santuário fica em meio a amplos jardins e recebe peregrinos o ano inteiro. Famílias, jovens e grupos da Campanha da Mãe Peregrina participam de missas e encontros formativos. A capela mantém o mesmo estilo característico: telhado pontiagudo, paredes claras e interior de madeira, tudo pensado para expressar acolhimento e simplicidade.
Curiosidade: o movimento em Londrina foi um dos primeiros a criar grupos de “Famílias de Schoenstatt”, que reúnem casais para vivenciar a espiritualidade da Aliança de Amor em seus lares.
Jacarezinho – Tabor Fundamento: o berço histórico do movimento no Brasil
Em Jacarezinho, no norte pioneiro, encontra-se o Santuário Tabor Fundamento, um dos mais significativos do país. Foi ali que chegaram as primeiras Irmãs de Maria de Schoenstatt, marcando o início da presença do movimento no Brasil.
O lugar mantém viva essa memória: ao lado do santuário há um pequeno museu e uma casa de retiros onde se preservam documentos e objetos da fundação. O ambiente campestre e o clima de interior dão ao local um ar de simplicidade e autenticidade – uma viagem no tempo para quem deseja compreender as origens de Schoenstatt no Brasil.
Curiosidade: as primeiras celebrações em Jacarezinho datam de 1935. Desde então, o local é considerado um dos “santuários-mãe” do movimento no país.
Guarapuava – Tabor das Vocações: fé e silêncio entre as araucárias
O lugar mantém viva essa memória: ao lado do santuário há um pequeno museu e uma casa de retiros onde se preservam documentos e objetos da fundação. O ambiente campestre e o clima de interior dão ao local um ar de simplicidade e autenticidade – uma viagem no tempo para quem deseja compreender as origens de Schoenstatt no Brasil.
Curiosidade: as primeiras celebrações em Jacarezinho datam de 1935. Desde então, o local é considerado um dos “santuários-mãe” do movimento no país.
Guarapuava – Tabor das Vocações: fé e silêncio entre as araucárias
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| Foto: Diocese de Guarapuava |
No centro do estado, cercado por campos e pinheirais, o Santuário Tabor das Vocações, em Guarapuava, é um convite à contemplação. O nome expressa sua missão: ser espaço de oração pelas vocações sacerdotais, religiosas e familiares.
O entorno é um espetáculo natural – jardins floridos, trilhas para meditação e um pequeno lago que reflete a imagem do santuário. Ali acontecem retiros espirituais, encontros da juventude e peregrinações de famílias de toda a região.
Curiosidade: os peregrinos costumam levar pequenas pedras com seus nomes e intenções, depositando-as junto ao santuário como símbolo de entrega a Maria.
O entorno é um espetáculo natural – jardins floridos, trilhas para meditação e um pequeno lago que reflete a imagem do santuário. Ali acontecem retiros espirituais, encontros da juventude e peregrinações de famílias de toda a região.
Curiosidade: os peregrinos costumam levar pequenas pedras com seus nomes e intenções, depositando-as junto ao santuário como símbolo de entrega a Maria.
Cornélio Procópio – Tabor da Fidelidade à Igreja: tradição e comunidade
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| Foto: Ir. M Iracema |
O Santuário de Cornélio Procópio, chamado Tabor da Fidelidade à Igreja, tem forte vocação pastoral e comunitária. Situado em área de fácil acesso, o local realiza missas, novenas e momentos de formação para leigos e jovens.
O nome ressalta o compromisso de Schoenstatt com a Igreja Católica: fidelidade ao Papa, à doutrina e ao serviço apostólico. O espaço é simples, mas cercado por árvores e bancos que convidam à oração.
Curiosidade: a comunidade local é conhecida por manter viva a tradição do terço das famílias, rezado semanalmente no jardim do santuário.
Maringá – o novo santuário e a expansão da devoção
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| Foto: Divulgação - Movimento Apostólico de Schoenstatt |
Em Maringá, um dos polos mais recentes do movimento, foi inaugurado o novo Santuário da Mãe e Rainha de Schoenstatt, que vem atraindo devotos de todo o Noroeste paranaense. A arquitetura segue rigorosamente o padrão internacional do movimento, mas com elementos regionais: uso de madeira, paisagismo tropical e um espaço amplo para celebrações ao ar livre.
Curiosidade: o santuário foi construído com o apoio de famílias de várias cidades e teve cada tijolo abençoado antes da inauguração – um gesto simbólico que reflete a espiritualidade comunitária de Schoenstatt.
Curiosidade: o santuário foi construído com o apoio de famílias de várias cidades e teve cada tijolo abençoado antes da inauguração – um gesto simbólico que reflete a espiritualidade comunitária de Schoenstatt.
Roteiros de fé, beleza e recolhimento
Visitar os santuários de Schoenstatt no Paraná é uma experiência de fé e também de turismo cultural. Cada local oferece algo singular: o silêncio de Curitiba, o dinamismo de Londrina, a memória histórica de Jacarezinho, a natureza exuberante de Guarapuava, a tradição de Cornélio Procópio e o entusiasmo missionário de Maringá.
Mais do que destinos, esses santuários são refúgios espirituais, pequenos pedaços de Schoenstatt espalhados pelo estado, que convidam o peregrino a um encontro íntimo com Deus através de Maria. Para o viajante do espírito, eles representam uma rota de fé, esperança e beleza – um verdadeiro caminho mariano pelo Paraná.






